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Os pássaros tranformando-se em pessoas andando de bicicleta foi a tradução mais perfeita que vi sobre andar numa magrela. Nunca tinha visto este comercial, achei lindo demais.
Não resisti e roubei esta citação lá do Pedalante:
“Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.” Clarice Lispector
A Clarice, chama Clarice por causa da Clarice. Certo?
Ontem terminei de ajustar o câmbio e os freios junto com a Maggie – essa gatinha aí -, que só ia passar uns dias em casa, mas acabou ficando com a gente e agora sempre tem pêlo dela colado na Clarice. Acabei de pegar a coroa na bicicletaria e só falta colocá-la. Amanhã, se não estiver essa chuvinha darei meu primeiro rolê com ela. Eba!
Agora sim. Azul Caiçara. O mesmo tom da velha geladeira que a minha vó tinha na casa dela. Funcionando desde o seu casamento com o meu avô, essa geladeira já tinha dado pau em dois modelos “novos” que apareceram por lá.
A Clarice tá ficando linda, agora faltam os pneus, dar um trato nas rodas e terminar a montagem.
Ontem comecei o desmonte. Não é uma tarefa das mais fáceis desmontar uma bicicleta desse tamanho dentro de um apartamento popular. Mas o esforço valeu muito a pena, agora conheço todas as partes dela, desmontei tudo, pecinha por pecinha, com exceção do câmbio que fiquei com um pouco de receio de abrir, o resto virou um monte de miudezas que foram direto para um bom banho de querosene. Próximo passo levar o quadro e garfo até a minha mãe para poder tirar a tinta velha e pintá-la. Talvez eu ainda compre um par de rodas novas, pois as originais estão com mais ferrugem que o resto das peças. Vamos ver, vai depender do “bolso”.
Acabei de ir buscá-la no metrô. Aguentou um rolezinho comigo aqui pelo Belém. Amanhã começo a desmontá-la pra dar um trato. Mais um sonho realizado. Uma caloi 10!