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Ok, confesso que escrevi o post anterior com um pouco de preguiça. Desta vez vou explicar passo a passo como você deve proceder para fazer o seu e mantê-lo tranquilão.

Este sistema funciona da seguinte forma: São 3 caixas empilhadas, sendo que a debaixo será responsável por reter o excesso de umidade do sistema, na do meio ficarão as minhocas e a matéria orgânica, a caixa de cima servirá para atrair as minhocas e retirar o húmus que elas deixarão embaixo assim que ela estiver cheia. Chega de conversa, vamo que vamo!

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O primeiro passo é conseguir 3 caixas que possam ser empilhadas de forma que não sobre nenhum vão entre elas (as minhocas costumam andar pelo sistema e podem sair (você não vai querer ver minhocas morrendo secas no chão da sua casa). Você vai precisar de apenas uma tampa, então se conseguir comprá-la separada melhor, eu não consegui.

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O segundo passo é fazer os furos no fundo de duas das caixas, não economize na quantidade, pois eles serão os responsáveis por dar vazão ao excesso de umidade do sistema e serão a passagem por onde as minhocas trocarão de caixa no momento em que você começar a colocar matéria orgânica na caixa de cima. Se conseguiu fazer tudo isso,  seu sistema tá pronto.

Ah! Não sei se falei, mas você vai precisar de minhocas! Eu consegui as minhas de uma criadora aqui de São Paulo, envie um email para o pessoal da AAO que eles passam o contato. As que eu consegui são as vermelhas da califórnia.

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Com as minhocas em mãos (desculpe, mas foi inevitável) faça o seguinte: Forre todo o fundo da caixa do meio com mais ou menos 2 dedos de húmus, coloque as minhocas e um pouco de matéria orgânica por cima, podem ser folhas secas, cascas de frutas.

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Agora vai a regra mais importante: Sempre que colocar material úmido…

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Coloque a mesma proporção de material seco e dê uma mexida na parte de cima.

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Em alguns dias, na caixa de baixo vão formar-se gotículas de chorume, quando ele estiver numa quantidade legal, você poderá retirá-lo e misturá-lo com um pouco de água para borrifar suas plantinhas!

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As minhocas segundo dizem, só comem, fazem sexo e transformam lixo orgânico em húmus. Seu minhocário em poucas semanas estará tomado de húmus por toda parte. Detalhe, este caroço de manga está na caixa fazem 3 meses e já tornou-se ponto de encontro da galera, quando quero mostrá-las a alguém, é lá que eu vou.

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Quando a caixa do meio estiver totalmente preenchida, você deverá colocar a matéria orgânica na caixa de cima para atraí-las. Na minha caixa elas demoraram mais de uma semana para migrarem “em peso”, quando retirei o húmus debaixo, além de ainda econtrar muitas minhocas me deparei com restos que ainda não tinham sido totalmente devorados, como o caroço de manga aí de cima, algumas cascas de amendoim, ovos e pinhão.

Suas minhocas não farão milagre, não adianta ir jogando coisa lá toda hora, tenha em mente que este sistema é preparado principalmente para evitar os desperdícios, então antes de fazer compras, cozinhar e alimentar-se, retire apenas o que for realmente aproveitar.

Por hoje é só, pe-pes-soal!

Dando segmento ao post anterior, vou falar um pouco sobre o que aconteceu nesses 4 meses que se passaram desde que eu montei meu minhocário.

Nos primeiros dias, não faltou “comida” para as minhocas, ainda sem ter um controle sobre nossos excessos, demos a elas tudo quanto era tipo de coisa, cascas de frutas, restos de verduras e legumes, cascas de ovos, pão amanhecido… Depois, aos poucos nós fomos nos controlando, porque se colocássemos muita “comida” lá dentro sobrecarregaríamos o sistema, então o jeito foi irmos nos adequando a capacidade do minhocário, a Rô passou a cozinhar em menos quantidade, tentamos consumir todo o alimento fresco que compramos. A ordem era, se sobrou, dá pras minhocas, se não pode dar para as minhocas, então tem que comer, pro lixo é que não vai!

Voltando ao minhocário, o único problema que eu tive foi em controlar a umidade nas caixas, quando eu fiz ele, acabei fazendo os furos muito pequenos, e eles não davam tanta vazão ao excesso de umidade do sistema, depois que eu aumentei a quantidade e o tamanho dos furos, o problema foi totalmente resolvido, e agora a caixa debaixo está sempre cheia de chorume. Então quando montar o seu capriche no furos!

– Sempre coloque a mesma quantidade de alimento “molhado” e seco, 1 pra 1.
– Quando colocar a “comida” dê sempre uma mexida por cima.
– Nunca deixe o minhocário destampado, pois assim ele poderá atrair baratas e outros bichinhos nojentos.
– Prefira folhas secas a serragem, percebi que as minhocas nem ligam para a serragem.
– Se perceber que o sistema está ficando úmido demais, se aparecerem larvas por exemplo, procure saber o porque, veja se os furos são suficientes, se eles não estão tampados, ou se você não está colocando muita matéria úmida e pouca seca.

Acho que é isso.

Estou devendo um post atualizado sobre o meu minhocário. Nas últimas semanas algumas pessoas entraram em contato para saber como andavam as coisas dentro dele, e se eu podia ajudar com algumas dúvidas. Neste final de semana vou fazer a remoção do húmus que ficou na caixa debaixo, já que a maioria das minhocas migraram para a caixa de cima, então vou aproveitar e dar uma detalhada em tudo que aconteceu com ele até hoje.

Acabei de ler no Blog de Ecologia Urbana que o último aterro sanitário de São Paulo foi fechado, esgotado, acabou, já era. Então, por favor, ainda que a Prefeitura seja literalmente um lixo no que diz respeito a reciclagem, é possível contribuirmos compostando o lixo orgânico de casa, uma das saídas é fazer um minhocário, no próximo post eu xplico direitinho como fiz o meu e o quanto ele foi importante para termos a real noção do lixo que “fabricávamos” em casa.

Vamo que vamo!
Nosso planetinha agradece!

Depois de fazer o curso lá no Ibiosfera e ter contato com a realidade da permacultura, eu fiquei com uma puta vontade de montar um minhocário pra gente. Depois de ver a “performance” do Peri Pane, eu fiquei decidido.Sei que é meio redundante dizer, mas pense um pouquinho só na quantidade de lixo que produzimos todos os dias. Tem gente que pensa: “Ah! É só reciclar e pronto.” Mas não é bem assim, eu nem me incomodo mais com o que pode ser reciclado ou reutilizado – porque de certa forma, isso já virou um mercado em forte expansão no mundo todo-, o que me incomoda mesmo, é saber que muito do lixo que nós produzimos não pode ter outro destino que não seja os aterros sanitários, ou seja, tomará um enorme espaço durante milhares de anos.

Aqui em casa nós separamos o lixo porque no condomínio tem coleta seletiva, então não tem desculpa para não fazer, além do que, quero que minha pequena cresça convivendo com isso de forma natural. Consegui encontrar umas caixas legais em um mercado próximo de casa e depois de fuçar muito na internet para entender todo o processo tomei coragem e fui atrás de conseguir as minhocas. Entrei em contato com o pessoal da AAO, e de forma muito gentil eles me cederam o telefone de uma minhocultora aqui de São Paulo. Ela faz um trabalho muito legal, coletando o lixo orgânico de boa parte da rua dela lá na Lapa: Os vizinhos separam o lixo orgânico e ela alimenta suas minhocas, um exemplo de uma vizinhança ideal, com cooperação e idéias sustentáveis. No final de semana passado fui até lá buscar as dita cujas.

Uma semana depois, em sua nova casa, as minhocas estão tranquilas. Por enquanto parece que tenho conseguido controlar a umidade aos níveis aceitáveis por elas. Nos primeiros dias, com a caixa muito úmida, percebi que elas tentaram “fugir” – não uma ou duas como é natural, mas dezenas delas mesmo -, depois de colocar mais matéria seca, as coisas se acalmaram e agora apenas uma ou outra, deixa de comer para se aventurar pela caixa. Vou continuar observando e fazendo os relatos aqui, porque percebi que tem muita gente tentando fazer um desses.

O sistema é muito fácil de montar e aqui em casa caiu como uma luva, em uma semana, nós praticamente não jogamos nada fora, com exceção de material higiênico e as famosas embalagens de plástico metalizadas, quase tudo foi para a reciclagem ou para o minhocário.

Se você dispoêm de uma grana extra, pode comprar o minhocasa, que é o sistema que eu “copiei” aqui em casa. Eu teria comprado se pudesse, afinal de contas, o minhocário pode ser interpretado como mais um item indispensável numa “cozinha moderna”, como um fogão ou uma geladeira, certo? Mas como a grana está curta, eu tentei fazer com minhas próprias mãos.

Atalhos:

– Faça você mesmo.

– Minhocário no Ecoprático.

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Minhoca a vontade em sua nova casa.

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Material orgânico misturado a um pouco de húmus.

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Separando as caixas.

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O sistema pronto. 3 caixas empilhadas, sendo as duas de cima com os fundos furados, permitindo a passagem das minhocas. A última de baixo retém o excesso de humidade das caixas de cima.

O autor

Valdinei Calvento - ilustrador.

Gente boa, tranquilão, bom pai, anda de bicicleta (e acredita nela), curte desenhar, plantar umas sementinhas, acredita em algumas pessoas, luta por elas, e sempre que possível, corre de São Paulo.

Bicicleta Girassol é o meu portifólio.

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