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quebrei minha mao de um jeito idiota.
ta dificil fazer as coisas.
talvez eu nao escreva aqui por um tempo.
sem bicicleta tambem.
durante esta semana, o tom do bikejuju.com esta fazendo uns posts sobre meu trabalho (thanks tom, for the support and ana for the patience and translations), o blog dele eh muito bom, mostra a bicicleta no mundo todo.
vamo que vamo.

Quem gosta tá mentindo.

trabalho

Um clássico. E pensar que o desenho é de 1950, coloca um pouco abaixo a idéia de que os motoristas estão mais violentos apenas por conta do stress dos dias atuais. O carro por si só, e quem o estuda como um fenômeno sociológico sabe disso, transforma grande parte das pessoas em “monstros” pela sua peculiar sensação de poder.

Canalizar um rio é o mesmo que asfaltá-lo!

Quem, ao andar próximo das várzeas de nossos rios não deparou-se com aquele olhar curioso, mas ao mesmo tempo severo das capivaras? Sempre penso nelas como guardiãs do pouco que ainda sobrou de vegetação naquelas margens, como se fossem suas últimas habitantes, resistindo a todo custo aos danos que causamos, e indiretamente nos dando um recado muito claro: ” Olha, nós podemos reverter tudo isso! Um dia vocês também poderão nadar aqui!”

Canalizar um rio e afastar o pouco de vida que ainda existe nele, é decretar de uma vez por todas sua morte.  É por isso que a ciclovia da Marginal Pinheiros tem tanta importância, ela vai provar ao povo paulistano de uma vez por todas, que é possível sim, conviver próximos as margens, ainda contemplar sua beleza, como a de uma mulher que debaixo de todos aqueles calos, ainda tem um coração esperançoso que sorri a cada vez que uma pessoa lhe dá um bom dia. Levar as pessoas a refletirem sobre o imenso potencial desperdiçado que são as margens dos grandes rios, que poderiam tornar-se grandes centros de lazer e convivência, com oficinas cidadãs e ciclovias os interligando.

Outros países já despoluiram seus rios – leia esse excelente texto no ecourbana sobre o rio Cheonggyecheon em Seoul – , nós podemos fazer também, é claro que, com representantes como os que temos neste momento, isso é praticamente impossível. No entanto, é visível o crescimento do envolvimento da sociedade civil, ainda que hajam bloqueios por parte dos que governam – audiências longínquas, pouco debate, apenas apresentação dos projetos. Tenho certeza absoluta que mesmo que demore um pouco, mais cedo ou mais tarde, depois de muita pressão popular, este é um tema que terá que entrar na agenda dos que governam essa cidade.

Vamo que vamo!

capivara

O que sobra de húmus e chorume do meu minhocário eu uso nelas.

horta de apartamento 04

horta de apartamento 01

Já tomou refrigerante de almeirão? Eu já.

horta de apartamento 02

Jaboticaba.

horta de apartamento 06

Ok, confesso que escrevi o post anterior com um pouco de preguiça. Desta vez vou explicar passo a passo como você deve proceder para fazer o seu e mantê-lo tranquilão.

Este sistema funciona da seguinte forma: São 3 caixas empilhadas, sendo que a debaixo será responsável por reter o excesso de umidade do sistema, na do meio ficarão as minhocas e a matéria orgânica, a caixa de cima servirá para atrair as minhocas e retirar o húmus que elas deixarão embaixo assim que ela estiver cheia. Chega de conversa, vamo que vamo!

minhocario_01

O primeiro passo é conseguir 3 caixas que possam ser empilhadas de forma que não sobre nenhum vão entre elas (as minhocas costumam andar pelo sistema e podem sair (você não vai querer ver minhocas morrendo secas no chão da sua casa). Você vai precisar de apenas uma tampa, então se conseguir comprá-la separada melhor, eu não consegui.

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O segundo passo é fazer os furos no fundo de duas das caixas, não economize na quantidade, pois eles serão os responsáveis por dar vazão ao excesso de umidade do sistema e serão a passagem por onde as minhocas trocarão de caixa no momento em que você começar a colocar matéria orgânica na caixa de cima. Se conseguiu fazer tudo isso,  seu sistema tá pronto.

Ah! Não sei se falei, mas você vai precisar de minhocas! Eu consegui as minhas de uma criadora aqui de São Paulo, envie um email para o pessoal da AAO que eles passam o contato. As que eu consegui são as vermelhas da califórnia.

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Com as minhocas em mãos (desculpe, mas foi inevitável) faça o seguinte: Forre todo o fundo da caixa do meio com mais ou menos 2 dedos de húmus, coloque as minhocas e um pouco de matéria orgânica por cima, podem ser folhas secas, cascas de frutas.

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Agora vai a regra mais importante: Sempre que colocar material úmido…

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Coloque a mesma proporção de material seco e dê uma mexida na parte de cima.

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Em alguns dias, na caixa de baixo vão formar-se gotículas de chorume, quando ele estiver numa quantidade legal, você poderá retirá-lo e misturá-lo com um pouco de água para borrifar suas plantinhas!

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As minhocas segundo dizem, só comem, fazem sexo e transformam lixo orgânico em húmus. Seu minhocário em poucas semanas estará tomado de húmus por toda parte. Detalhe, este caroço de manga está na caixa fazem 3 meses e já tornou-se ponto de encontro da galera, quando quero mostrá-las a alguém, é lá que eu vou.

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Quando a caixa do meio estiver totalmente preenchida, você deverá colocar a matéria orgânica na caixa de cima para atraí-las. Na minha caixa elas demoraram mais de uma semana para migrarem “em peso”, quando retirei o húmus debaixo, além de ainda econtrar muitas minhocas me deparei com restos que ainda não tinham sido totalmente devorados, como o caroço de manga aí de cima, algumas cascas de amendoim, ovos e pinhão.

Suas minhocas não farão milagre, não adianta ir jogando coisa lá toda hora, tenha em mente que este sistema é preparado principalmente para evitar os desperdícios, então antes de fazer compras, cozinhar e alimentar-se, retire apenas o que for realmente aproveitar.

Por hoje é só, pe-pes-soal!

Dando segmento ao post anterior, vou falar um pouco sobre o que aconteceu nesses 4 meses que se passaram desde que eu montei meu minhocário.

Nos primeiros dias, não faltou “comida” para as minhocas, ainda sem ter um controle sobre nossos excessos, demos a elas tudo quanto era tipo de coisa, cascas de frutas, restos de verduras e legumes, cascas de ovos, pão amanhecido… Depois, aos poucos nós fomos nos controlando, porque se colocássemos muita “comida” lá dentro sobrecarregaríamos o sistema, então o jeito foi irmos nos adequando a capacidade do minhocário, a Rô passou a cozinhar em menos quantidade, tentamos consumir todo o alimento fresco que compramos. A ordem era, se sobrou, dá pras minhocas, se não pode dar para as minhocas, então tem que comer, pro lixo é que não vai!

Voltando ao minhocário, o único problema que eu tive foi em controlar a umidade nas caixas, quando eu fiz ele, acabei fazendo os furos muito pequenos, e eles não davam tanta vazão ao excesso de umidade do sistema, depois que eu aumentei a quantidade e o tamanho dos furos, o problema foi totalmente resolvido, e agora a caixa debaixo está sempre cheia de chorume. Então quando montar o seu capriche no furos!

– Sempre coloque a mesma quantidade de alimento “molhado” e seco, 1 pra 1.
– Quando colocar a “comida” dê sempre uma mexida por cima.
– Nunca deixe o minhocário destampado, pois assim ele poderá atrair baratas e outros bichinhos nojentos.
– Prefira folhas secas a serragem, percebi que as minhocas nem ligam para a serragem.
– Se perceber que o sistema está ficando úmido demais, se aparecerem larvas por exemplo, procure saber o porque, veja se os furos são suficientes, se eles não estão tampados, ou se você não está colocando muita matéria úmida e pouca seca.

Acho que é isso.

Estou devendo um post atualizado sobre o meu minhocário. Nas últimas semanas algumas pessoas entraram em contato para saber como andavam as coisas dentro dele, e se eu podia ajudar com algumas dúvidas. Neste final de semana vou fazer a remoção do húmus que ficou na caixa debaixo, já que a maioria das minhocas migraram para a caixa de cima, então vou aproveitar e dar uma detalhada em tudo que aconteceu com ele até hoje.

Acabei de ler no Blog de Ecologia Urbana que o último aterro sanitário de São Paulo foi fechado, esgotado, acabou, já era. Então, por favor, ainda que a Prefeitura seja literalmente um lixo no que diz respeito a reciclagem, é possível contribuirmos compostando o lixo orgânico de casa, uma das saídas é fazer um minhocário, no próximo post eu xplico direitinho como fiz o meu e o quanto ele foi importante para termos a real noção do lixo que “fabricávamos” em casa.

Vamo que vamo!
Nosso planetinha agradece!

O autor

Valdinei Calvento - ilustrador.

Gente boa, tranquilão, bom pai, anda de bicicleta (e acredita nela), curte desenhar, plantar umas sementinhas, acredita em algumas pessoas, luta por elas, e sempre que possível, corre de São Paulo.

Bicicleta Girassol é o meu portifólio.

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Gostou dos desenhos e textos? Odiou? Não tem problema, se estiver afim, pode usar, fica à vontade. Tudo o que está aqui é seu também. Se quiser, é claro.

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